quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Paciência

A verdadeira paciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesma, para dá-lo a outrem, na exemplificação.
Esse amor é a expressão fraternal que considera todas as criaturas como irmãs, em quaisquer circunstâncias, sem desdenhar a energia para esclarecer a incompreensão, quando isso se torne indispensável.
É com a iluminação espiritual do nosso intimo que adquirimos esses valores sagrados da tolerância esclarecida. E, para que nos edifiquemos nessa claridade divina, faz-se mister educar a vontade, curando enfermidades psíquicas seculares que nos acompanham através das vidas sucessivas, quais sejam as de abandonarmos o esforço próprio, de adotarmos a indiferença e de nos queixarmos das forças exteriores, quando o mal reside em nós mesmos.
Para levarmos a efeito uma edificação tão sublime, necessitamos começar pela disciplina de nós mesmos e pela continência dos nossos impulsos, considerando a liberdade do mundo interior, de onde o homem deve dominar as correntes da sua vida.
O adágio popular considera que “o hábito faz a segunda natureza” e nós devemos aprender que a disciplina antecede a espontaneidade, dentro da qual pode a alma atingir, mais facilmente, o desiderato da sua redenção.
- Emmanuel - 1940

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