terça-feira, 24 de junho de 2008

Liberdade


Olhar sua própria imagem refletida num espelho todos se acostumaram desde cedo a fazer.
O difícil é encontrar tempo e, por que não dizer,
a coragem para olhar para dentro de si mesmo.
O olhar para dentro de si implica em confrontos
com nossa pessoa mais verdadeira; aquela que não se adorna nem se mascara.
Dizem que o que os olhos não vêem, o coração não sente; mas as emoções que nos recusamos a sentir permanecem reclusas e comprimidas a espera de um momento em que nossa
fragilidade nos faça diminuir a vigilância. E aí, então elas explodem desordenadas, esparramando sensações com as quais não estamos a acostumados a conviver.
E, por isso mesmo não sabemos domá-las.
Podemos escolher:
Ou vivermos em constante luta para que elas
não escapem ao nosso controle; e aí seremos como um barqueiro conduzindo seu barco num rio pontilhado de pedras.
Ou, então, deixar que elas fluam naturalmente;
e, então, seremos mais verdadeiros
e conscientes de nossa própria identidade.
Olhar para dentro de nós mesmos é começar a
conhecer esta identidade;
Aceitar e compreender o que virmos será o
primeiro passo para caminhar ao encontro de nossa verdadeira liberdade.