quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Sublime Alguem


Ninguém poderá carregar o fardo de suas dores.
Eduque-se com o sofrimento.
Ninguém entenderá os problemas complexos de sua existência.

Exercite o silêncio.

Ninguém seguirá com você indefinidamente.

Acostume-se com a solidão.

Ninguém acreditará que suas aflições sejam maiores do que as do vizinho.

Liberte-se delas com o trabalho de auto-iluminação.

Ninguém lhe atenderá todas as necessidades.

Subordine-se apenas ao que você tem.

Ninguém responderá por seus erros.

Tenha cuidado no proceder.

Ninguém suportará suas exigências.

Faça-se brando e simples.

Ninguém o libertará do arrependimento após o crime.

Medite na paciência e domine os impulsos.

Ninguém compreenderá seus sacrifícios e renúncias para a manutenção de uma vida modesta e honrada.

Persevere no dever bem cumprido.

Sábio é todo aquele que reconhece a infinita pequenez ante a infinita grandeza da vida. Embora ninguém possa servi-lo sempre, você encontrará um sublime Alguém, que tem para cada anseio de sua alma uma alternativa de amor.

Por você, Ele carregou o fardo do mundo...

Compreendeu os conflitos da vida...

Caminhou com todos...

Socorreu todos que O buscaram...

Matou a fome, saciou a sede e ouviu as multidões inquietas...

Atendeu à viúva de Naim, ao apelo materno em Caná...

Carregou a cruz da injustiça sem nenhuma reclamação...

Perdoou a traição de Judas, desculpou as negativas de Pedro e a ambos libertou do remorso com a concessão do trabalho em novos avatares...

Compreendeu as lutas da mulher atormentada, sedenta de paz; esclareceu o enfático doutor do Sinédrio, sedento de saber; arrancou das trevas o cego Bartimeu, sedento de claridade...

Ensinou que diante do amor todos os enigmas do Universo se aclaram, por ser o Pai Celeste a Suprema Fonte do Amor.

Não se imponha, pois, a ninguém.

Embora você dependa de todos, nada aguarde dos outros.

Receba e agradeça o que lhe chegue e como chegue, ajude e passe...

Aprenda que a luta é a lição de cada hora no abençoado livro da existência planetária, e siga adiante com Ele, que "jamais se escusava".

Marco Prisco e Divaldo P. Franco