sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Memórias de um toxicômano


Até o momento de redigir esta apresentação, confesso, não havia me dado conta da riqueza da experiência vivida com Tiago.
Espírita desde infância, desde cedo estou envolvido nos trabalhos, inicialmente assistenciais e, posteriormente, doutrinários. O exemplo de meus pais tem sido a bússola que guia os meus passos nessa seara.
Na década de 1990, quando judiciava na Comarca de Carmo de Minas, primeira que me abrigou como Juiz de Direito, tive minha primeira experiência no trabalho de prevenção contra as drogas. Com o auxílio de diversos cidadãos da comunidade local, da então Promotora de Justiça daquela Comarca, Dra. Regina Capelli Pinto, e velando-me da coordenação de minha esposa, Rosa Maria, companheira de todos os momentos, iniciou-se um trabalho envolvendo professores e alunos dos três municípios que integravam aquela Comarca: Carmo de Minas, Soledade de Minas e Dom Viçoso. Foram ministradas palestras para os professores e realizando um concurso com os alunos.
Foi uma grande experiência para os envolvidos. Todos aprenderam muito, inclusive eu. Antes, em Poços de Caldas, já havia tido uma experiência no RENASCER – Centro de Tratamento de Dependentes Químicos, mas só depois da experiência vivida em Carmo de Minas percebi a extensão da magnitude do problema. Constatei que droga não é uma questão somente do dependente químico, mas de seus familiares, amigos, colegas de escola e trabalho, além de toda a comunidade. Todos sofrem na nefasta influência das drogas.
Hoje, ao refletir sobre minha experiência com Tiago, tive a nítida impressão de que ela se iniciou com aquele movimento. A partir daquele momento me interessei pelo assunto, busquei informações, estudei e adquiri um aprendizado que me facilitou o recebimento dos textos psicografados sobre o tema.
Em abril de 1998, aportei, acompanhado de minha família, na Comarca de Espinosa, região norte de Minas Gerais, de onde também guardo grata lembrança. Conseguimos reunir um grupo que ficou conhecido na comunidade como Comissão Pró-Vida. Foi novamente dirigido por minha mulher e composto de professores, representantes de diversas religiões, profissionais liberais, empresários e outros cidadãos. A droga era o objetivo, mas que foi trabalhado por etapas. Em uma primeira fase, a Comissão abordou o tema família. Foram ministradas palestras para professores, pais e alunos, inclusive na zona rural, envolvendo os municípios de Espinosa e Mamonas. Foram formados grupos que atendiam, em domicílio, casos especiais de alunos que eram indicados pelos professores em razão de problemas de convivência demonstrados em sala de aula.
Essa etapa durou cerca de um ano e, posteriormente, iniciou-se uma segunda etapa, com a mesma forma de atuação sobre “Cidadania”.
Foi exatamente nessa época que tive meu primeiro contato com psicografia. De início, a experiência foi bastante difícil, principalmente porque me trazia muitas dúvidas e insgurança.
Mesmo a distância, por telefone e e-mail, fui recebendo orientações do Dr. Reynaldo Leite, pessoa de saudosa memória, a quem sou muito grato.
Quando em Espinosa, recebo muitas mensagens e orientações. Mas, quando me transferi para Muzambinho, na região sul de Minas Gerais, em janeiro de 2001, é que a minha atuação na psicografia tomou maior vulto. Muitas foram as mensagens recebidas e muitas orientações quem me auxiliaram na realização de palestras.
Na manhã de 15 de maio, depois da oração e do estudo, uma surpresa. Recebi o primeiro capítulo de que me pareceu ser um livro. Nascia, ali, o Memórias de um Toxicômano. Somente alguns dias depois vim tomar o conhecimento do nome do autor espiritual, por meio do texto do próprio livro.(...)
No início de 2003, tive uma experiência que muito me emocionou. Era fim de tarde e início da noite de um domingo, quando me reuni com a família, mulher e filhos, no escritório de minha casa, para que juntos proferíssemos uma oração. Como de costume, lemos uma página edificante e minha esposa fez a oração. Naquele momento, me foi permitida a visão do Plano Espiritual, de forma que jamais vou esquecer.
Na minha frente, estavam reunidos diversos espíritos amigos e familiares desencarnados. Entre eles, pela primeira vez, tive a grata oportunidade de visualizar a presença de meu pai e de minha avó paterna. Foi um momento de grande emoção...

Acesse o site da Revista Cristã de Espiritismo para ler este artigo na íntegra!




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