sábado, 8 de dezembro de 2012

Nenhum espanto

Nenhum espanto, quando ponderarmos que os edifícios no mundo dos homens nascem do pensamento que os esculpe e da matéria que obedece aos projetos elaborados.
Aqui verificamos o mesmo processo, diferindo apenas as condições da matéria, que se evidencia mais intensivamente maleável à influência da ideia dominante. Reflitamos no progresso da indústria de plásticos, na atualidade do plano físico de onde viemos e perceberemos, com mais segurança, as possibilidades imensas para as edificações delicadas e complexas em nosso domicílio de agora. Naturalmente, também aqui estamos subordinados ainda às técnicas, às vocações, às competências pessoais e às criações estilísticas, no círculo das conquistas espirituais de cada um.
O arquiteto que planeia uma casa e o obreiro que lhe cumpre as ordens, não servirão, de imediato, em lugar do diretor da manufatura de tecidos e do operário que lhe atende as determinações.
Ainda aqui, o escritor não faz a obra do músico, em ação de improviso.
Somos criaturas em evolução, sem havermos atingido ainda a posição dos gênios polimorfos, apesar de esses gênios existirem igualmente aqui.

- André Luiz (Espírito)

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