domingo, 31 de agosto de 2014

Evangelização Espírita e a “Febre das Almas Gêmeas”

Em 1981, procuramos correlacionar vacinação infantil com evangelização. Recebemos críticas. Alguns não concordavam com o termo “evangelização”. Pensando na criança, raciocinei que isso não lhe afetaria o estímulo imunogênico em se tratando de resposta de sistema específico. Não perdemos tempo discutindo a questão. Naquela oportunidade afirmamos, sem medo de críticas, que “A criança evangelizada seria o homem vacinado do futuro e mesmo diante de um mundo imediatista e atribulado responderia favoravelmente à atmosfera estressante das grandes metrópoles.” ( 1 ) Comentamos ainda que “a criança vacinada, mesmo que possa sofrer o processo de agressão microbiana e ficar doente, dispõe de resistência que acarreta quadro clínico mais brando e cura em tempo menor.” Vinte anos depois (2001), já aposentado, diante de um caso clínico no Hospital Universitário, pude observar que uma pessoa vacinada pode realmente adoecer, mas resistir e se curar (2). A paciente iniciou o episódio imediatamente após participação em uma reunião com profissionais europeus durante cinco dias consecutivos, no Rio de Janeiro. Ela declarou ter sido submetida ao esquema completo de imunização na infância e a doses de reforço dois anos antes da doença. Na era da vacinação, indivíduos adultos podem ainda apresentar-se potencialmente susceptíveis a doença. Vou abusar da analogia lembrando um caso dito de “almas gêmeas”. Testemunhei “quadro clínico” onde o paciente reencontra amor de vida passada. Toda aquela paixão vivenciada anteriormente se lhe aflora. Um verdadeiro vazamento do passado no presente. O paciente, dirigente de Casa Espírita, havia sido apresentado aos ensinamentos de Jesus (“evangelizado” – defesa de dentro para fora). Diante da paixão revivida o sistema de defesa “espiritual” é acionado e se estabelece a “guerra psico-imunológica”. Em alguns casos é necessário reforço de fora para dentro, como antibióticos e soroterapia (desobsessão). Na era da evangelização, indivíduos espíritas adultos podem ainda apresentar-se potencialmente susceptíveis a epidemia de “febre das almas gêmeas”. Com a escala de valores modificada na infância, pelo processo de evangelização, o paciente resiste e, aos poucos, a idéia de abandonar a mulher e os filhos e se jogar na nova (velha) empreitada foi sendo debelada, até que finalmente, caindo em si, a febre desaparece. No artigo de 1981, terminamos comentando que “estabelecer um serviço de imunização infantil eficaz e permanente é, para qualquer país, dar um passo adiante no sentido do desenvolvimento social e econômico; estabelecer-se uma campanha nacional permanente de evangelização infanto-juvenil é anunciar a era nova. É lançar as bases para que o país venha a assumir o seu destino de coração do mundo, verdadeiro celeiro de amor. “ Quando escrevi este artigo (1) meus filhos, quatro, passavam pelo processo de evangelização na Casa Espírita. Hoje estão casados e com filhos. Creio que a amostragem é pequena, o exemplo não é adequado, mas a observação foi feita “in loco” . Seus comportamentos apontam na direção do “homem de bem” e estão conseguindo vencer suas “febres”. Não sei se assim seria se não fosse a ação evangelizadora que vivenciaram. Ela é responsabilidade dos pais. O Centro Espírita é adjuvante. “Quando a gente ama é claro que a gente cuida”. Orai e vigiai, afinal, quem não tem a sua “alma gêmea”!-------------------------------------------------------- Fonte – http://orebate-jorgehessen.blogspot.com/2011/03/evangelizacao-espirita-e-febre-das.html

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