sábado, 21 de novembro de 2009

QUESTÕES RELACIONADAS À MEDIUNIDADE

Ângelo Inácio: Todos os médiuns gozam de vidência desenvolvida, quando desdobrados no Plano Espiritual ?

Pai João de Aruanda:

Não.

A grande maioria ainda transita entre as expressões da matéria e as impressões que guardam da Vida Espiritual; sem a necessária lucidez, quando atuam fora do Corpo. Tudo é questão de exercício, trabalo e dedicação. (...) Alguns dos médiuns, atualmente encarnados na Crosta, vem de um passado do qual receberam iniciação espiritual, em antigos templos e no seio de povos que já não existem com a glória de outrora. Com experiências na Atlântida, Egito, ou junto a outros povos da Antiguidade; diversos sacerdotes do passado permanecem aperfeiçoando-se ou resgatando a paz de Consciência, em meio às lides espíritas. Muitos são médiuns que, atualmente, lidam com as questões do Psiquismo; orientados por Espíritos que os dirigem no nosso Plano. O conhecimento adormecido nos encaninhos da Memória Espiritual, desperta ou emerge das profundezas do Campo Mental; na hora necessária para a utilização adequada.

"Nosso Lar", de André Luiz


André Luiz descreve, em detalhes, sua passagem pelo Umbral - uma faixa vibracional extremamente densa, em outra dimensão do Planeta Terra.

Nessa diferente faixa de vibração da matéria, o Espírito se depara com todos os seus vícios e imperfeições e consequentemente, sofre com isso.

O Umbral, portanto, não passa de um "estado de espírito", uma condição moral de sofrimento, a que estão sujeitos os Espíritos, em decorrência de suas próprias atitudes, formas-pensamentos e sensações, durante sua existência na matéria, ou mesmo além dela.

Assim, é correto afirmar que, no Umbral, tudo o que aparece fora de nós, é consequência do que está dentro. Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece, é mero reflexo do que trazemos na Consciência. Daí concluir-se que, todas as formas assustadoras que assombraram André Luiz, na atmosfera lodosa do Umbral, nada mais eram do que a personificação de seus próprios erros e imperfeições; reflexos de uma Consciência em desequilíbrio.

Poderíamos, portanto, conceituar Umbral como sendo uma faixa de frequência vibratória a que se ligam os Espíritos desequilibrados; cujos interesses, desejos, pensamento e sensações tem afinidade e sintonia.

É uma região energética densa, onde os afins se encontram e convivem; dando vasão a seus instintos; e convivendo com tudo aquilo que lhe é mais característico.

Na verdade, o Umbral funciona como um grande filtro, cuja passagem "faz drenar energias negativas acumuladas em uma encarnação de descaso e irresponsabilidade com a própria Consciência e com a dos outros"; atitudes bem características do Espírito humano, ainda engatinhando em seu longo processo evolutivo.

Cabe aqui relembrar Emmanuel, quando afirma que "o ceú começa sempre em nós mesmos; e o inferno é do tamanho da rebeldia de cada um."

E André Luiz complementa: "Se milhões de raios luminosos formam astros brilhantes; é natural que milhões de pequenos desesperos integrem um inferno pereito. Herdeiros do Poder Criador que somos; geraremos forças afins conosco, onde estivermos."

Partindo do princípio que somos exatamente aquilo que fizemos de nós; o Umbral nada mais é do que o refleo de tudo isso. A bem da verdade, uma superprodução humana, onde a Sombra é mais alimentada que a LUZ.

"LEGIÃO" vem dar visibilidade a essa dualidade: Sombra e Luz. Resta-nos, somente, escolher qual delas alimentar.

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