quinta-feira, 21 de março de 2013

O amor



O amor, profundo como o mar, infinito como o céu, abraça todas as criaturas.
Deus é o seu foco. Assim como o Sol se projeta, sem exclusões, sobre todas as coisas e reaquece a natureza inteira, assim também o amor divino vivifica todas as almas; seus raios, penetrando através das trevas do nosso egoísmo, vão iluminar com trêmulos clarões os recônditos de cada coração humano.

Todos os seres foram criados para amar. As partículas da sua moral, os germes do bem que em si repousam, fecundados pelo foco supremo, expandir-se-ão algum dia, florescerão até que todos sejam reunidos numa única comunhão do amor, numa só fraternidade universal.

Quem quer que sejais, vós que ledes estas páginas, sabei que nos encontraremos algum dia, quer neste mundo, nas existências vindouras, quer em esfera mais elevada ou na imensidade dos espaços; sabei que somos destinados a nos influenciarmos no sentido do bem, a nos ajudarmos na ascensão comum. Filhos de Deus, membros da grande família dos Espíritos, marcados na fronte com o sinal da imortalidade, todos somos irmãos e estamos destinados a conhecermo-nos, a unirmo-nos na santa harmonia das leis e das coisas, longe das paixões e das grandezas ilusórias da Terra.

Enquanto esperamos esse dia, que meu pensamento se estenda sobre vós como testemunho de terna simpatia; que ele vos ampare nas dúvidas, vos console nas dores, vos conforte nos desfalecimentos, e que se junte ao vosso próprio pensamento para pedir ao Pai comum que nos auxilie a conquistar um futuro melhor.

Léon Denis

Ação do pensamento e dos sentimentos sobre os fluídos absorvidos do Cosmo



Nós absorvemos do cosmos fluidos vitais, espirituais e físicos no seu estado mais puro, esses fluidos ao
ingressar dentro do nosso organismo perispiritual, entram em reação com:
- as ondas da energia que se produzem através do que pensamos;
- as ondas da energia que se produzem através do que sentimos.
Nesse processo metabólico os fluidos no estado puro que foram absorvidos adquirem as características
apropriadas do que pensamos e do que sentimos.
Se pensamos e sentimos coisas boas esses fluidos se tornarão leves, sutis e nos sentiremos bem.
Se pensamos e sentimos coisas ruins esses fluidos se tornarão pesados, densos e nos sentiremos mal.
Esses fluidos irão irradiar-se em torno de nós formando a nossa aura fluídica.

Energia absorvida da irradiação de encarnados:
Nós também absorvemos os fluidos que já foram metabolizados e que se irradiam das outras pessoas,
esses fluidos também ao ingressar dentro do nosso organismo perispiritual, entram em reação com:
- as ondas que se produzem através do que pensamos;
- as ondas que se produzem através do que sentimos.
Portanto, nesse processo metabólico os fluidos que adquirimos passam a ter as nossas características
somadas com as características daqueles fluidos que vieram das outras pessoas.

a) Se os fluidos que vieram das outras pessoas são leves e sutis e nós também, pensamos e sentimos
coisas boas esses fluidos se manterão leves, sutis e nos sentiremos bem.
b) Se os fluidos que vieram das outras pessoas são leves e sutis e nós pensamos e sentimos coisas ruins
esses fluidos se tornarão pesados, densos e nos sentiremos mal.
c) Se os fluidos que vieram das outras pessoas são pesados e densos, mas nós pensamos e sentimos
coisas boas esses fluidos se tornarão leves, sutis e nos sentiremos bem.
d) Se os fluidos que vieram das outras pessoas são pesados e densos e nós pensamos e sentimos coisas
ruins esses fluidos se tornarão muito mais pesados, densos e nos sentiremos muito mal.

Os fluidos absorvidos das outras pessoas irão somar-se com os fluidos no estado puro absorvidos do
cosmos e irão irradiar-se em torno de nós formando a nossa aura fluídica.

Fonte: http://bvespirita.com/Curso%20Mediunidade%20Sem%20Preconceitos%20(Edvaldo%20Kulcheski).pdf

segunda-feira, 11 de março de 2013

O Progresso na Imortalidade



Capítulo VII

(Complemento filosófico publicado pelo jornal Le Devoir)

Embora a humanidade avance pouco a pouco na estrada do progresso, pode-se dizer que a imensa maioria de seus membros marcha através da vida como em meio de uma noite obscura, ignorando de onde vem, não sabendo para onde vai, não tendo jamais sonhado com o objetivo real da existência. Espessas trevas dominam a razão humana; os raios destes poderosos focos, que são a justiça e a verdade, só chegam a ela pálidos, enfraquecidos e insuficientes para aclarar os caminhos sinuosos por onde as inúmeras legiões seguem em marcha, para fazer brilhar a seus olhos o objetivo ideal e distante. Ignorante de seus destinos, indeciso entre o preconceito e o erro, o homem maldiz, por vezes, a vida. Desfalecendo ao peso do seu fardo, lança sobre seus semelhantes a causa das provas que ele engendra e sofre, muitas vezes por sua imprevidência. Revoltado contra Deus, que ele acusa de injusto, em sua loucura e seu desespero chega mesmo, algumas vezes, a desertar do combate salutar, da luta que só pode fortificar sua alma, aclarar seu julgamento, prepará-lo para trabalhos de ordem mais elevada.


Por que é assim? Por que o homem desce frágil e desarmado na grande arena onde se trava, sem tréguas e sem descanso, a eterna e gigantesca batalha? É que esse globo terrestre é simplesmente um dos degraus inferiores da escala dos mundos e nele moram apenas espíritos novos, isto é, almas nascidas recentemente com a razão. A matéria reina soberana em nosso mundo e curva sob seu jugo até os melhores dentre nós; limita nossas faculdades, paralisa nossos anseios para o bem e nossas aspirações para o ideal. Assim, para discernir o porquê da vida, para conhecer sua razão de ser, para entrever a lei suprema que rege as almas e os mundos é preciso saber libertar-se dessas pesadas influências, liberar-se das preocupações de ordem material, de todas essas coisas passageiras e volúveis que acobertam nosso espírito, dificultando nossos julgamentos. Somente nos elevando algumas vezes pelo pensamento, acima dos próprios horizontes da vida, fazendo abstração do tempo e do espaço e planando, de certa forma, acima dos pormenores da existência, é que perceberemos a verdade.

Leon Denis - O Progresso