terça-feira, 12 de maio de 2015
Legendas do Obreiro da Verdade
• Compreender que as necessidades e as esperanças dos outros são fundamentalmente iguais às nossas.
• Auxiliar sem exigir que o beneficiado nos tome as ideias.
• Reconhecer que a Divina Providência possui estradas inúmeras para socorrer as criaturas e iluminá-las.
• Aprender a tolerar com paciência as pequenas humilhações, a fim de prestar os grandes testemunhos de sacrifício pessoal que a Causa da Verdade lhe reclamará possivelmente algum dia.
• Esquecer-se pela obra que realiza.
• Guiar-se pela misericórdia e não pela crítica.
• Abençoar sem reprovar.
• Construir ou reconstruir, sem ofender ou condenar.
• Trabalhar sempre sem o propósito de ser ou parecer o maior ou o melhor ante os demais.
• Cultivar ilimitadamente a cooperação e a caridade.
• Coibir-se de irritação e de azedume.
• Agir sem criar problemas.
• Observar que sem a disciplina individual no campo do bem, a prática do bem se faz impossível.
• Respeitar a personalidade dos companheiros.
• Encontrar ocasião para atender à bênção da prece.
• Deter-se nas qualidades nobres e olvidar as prováveis deficiências do próximo.
• Valorizar o esforço alheio.
• Nunca perder tempo.
• Apagar inimizades ou discórdias através da desculpa fraterna e do serviço constante que devemos uns aos outros.
Criar oportunidades de trabalho para si, ajudando aos outros no sentido de descobrirem as oportunidades de trabalho que lhes digam respeito à capacidade e às possibilidades de realização, conservando em tudo a certeza inalterável de que toda pessoa é importante na edificação do Reino de Deus.___________________________Emmanuel
sábado, 2 de maio de 2015
Reencarnação
A lei das reencarnações, esse retorno das almas sobre a Terra, suscita objeções às quais é necessário responder, temores que é preciso dissipar. Entre aqueles que interrogam, uns temem não mais reencontrar, no além, os seres que eles amaram aqui na Terra. Pergunta-se se, em virtude dessa lei, nós seremos separados dos membros atuais de nossas famílias e obrigados a prosseguir isoladamente, nossa lenta e penosa evolução. Outros estão apavorados pela perspectiva de retomar a tarefa terrestre, após uma vida laboriosa semeada de provas e de males. Apressemo-nos em tranqüilizá-los.
A reencarnação é rápida, a estada do espírito no espaço é de curta duração somente no caso de crianças mortas com pouca idade. Tendo malogrado a sua tentativa para reaparecer no cenário terrestre, quase sempre por causas fisiológicas devidas à mãe, essa tentativa será renovada desde que condições favoráveis sejam apresentadas no mesmo meio. Caso contrário, o espírito se reencarnará nas proximidades desse meio, isto é, entre parentes ou amigos, de maneira a permanecer em relação com aqueles que ele tinha escolhido, em virtude de uma atração resultante de ligações anteriores, de forças afetivas que constituem uma certa afinidade fluídica.
Os espíritos formam famílias numerosas cujos membros continuam através de suas múltiplas reencarnações. Enquanto que uns prosseguem sobre o plano material sua educação e sua evolução, outros ficam no Espaço para os proteger, na medida de seus meios, sustentá-los, inspirá-los, esperá-los a fim de os receber no término da vida terrestre. Mais tarde, esses aqui renascerão para a vida humana e, por sua vez, de protetores se tornarão protegidos. A duração da estada no Espaço é muito variável e, conforme o grau de evolução, pode durar muitos séculos ou somente algumas dezenas de anos, para os espíritos ambiciosos de progresso.
Há sempre correlação entre a vida terrestre e a do Espaço. A família visível está sempre ligada à família invisível, mesmo sem seu conhecimento. Os afetos, os sentimentos provenientes dos laços estabelecidos no curso das vidas sucessivas, transmitem-se de um plano ao outro com maior intensidade quanto mais sutil for o estado vibratório dos seres que compõem essas famílias.
A união perfeita que reina em certas famílias se explica pelas numerosas vidas comuns. Seus membros foram reaproximados por uma atração espiritual, uma adaptação do pensamento idêntico, de gostos e de aspirações da mesma ordem, e isso em graus diversos.
É fácil reconhecer em uma família aquele que nela se encarna excepcionalmente e pela primeira vez, seja para ali se aperfeiçoar intelectual e moralmente, em contato com seres mais evoluídos, seja, ao contrário, para servir de exemplo, de modelo, de treinador de espíritos atrasados e, ao mesmo tempo, para ajudá-los a suportar as provas que o destino lhes reserva, o que torna uma missão uma tarefa meritória. Em certos casos o contraste é tão notável entre os caracteres, a maneira de pensar e de agir é tão surpreendente que as pessoas não iniciadas chegam a proferir este julgamento: “Aquele não é da família, poder-se-ia crer que ele foi trocado pela ama-de-leite!”
Desde a vida no espaço, entre certos espíritos são assumidos os compromissos de reencarnarem nos mesmos ambientes e aí prosseguir uma evolução comum. Outras almas evoluídas aceitam a função penosa de descer a lares materiais para neles dissipar, por suas irradiações, os elementos grosseiros que dominam tais ambientes, e este ato de abnegação será para elas um novo motivo de progresso.
Algumas pessoas nos interrogam sobre as diferenças de raças e suas relações com a evolução. Os espíritos dizem, sobre esse assunto, que cada região do globo atrai do Espaço os fluidos em harmonia com os eflúvios que se desprendem do solo. Daí resulta que os espíritos que renascem nessas regiões terão gostos e aspirações diferentes. Por exemplo, os africanos receberão os fluidos próprios para desenvolver a sua vitalidade física, porque seu espírito tem necessidade de se sentir em um envoltório sólido.
Entre os orientais, os japoneses, por exemplo, a evolução terrestre é mais completa, os corpos são pequenos, a sensibilidade desenvolvida, a percepção do além mais nítida. O misticismo está presente. O perispírito do japonês, de uma grande sutileza, vibrará mais fortemente do que o do senegalês.
Entre os ocidentais, em geral, a evolução não tem sido uniforme. Ela variou conforme os países. Os montanheses e os marítimos, sob formas mais rudes, guardaram um certo fundo de idealismo ou um espírito religioso. Aí estão dois tipos humanos cujas aspirações se relacionam mais diretamente com o mundo superior, porque eles se comungam com a Natureza.
Não é de espantar se um espírito, na sua curta evolução, experimenta, às vezes, a necessidade de mudar de meio para adquirir qualidades ou conhecimentos que ainda lhe faltam. Mas esses mesmos seres, voltando ao espaço, ali logo encontram os elementos espirituais de que se haviam afastado por certo tempo e dos quais tinham guardado lembranças. Já, no sono, o ser encarnado se aproxima de seus amigos do Espaço e revê, em alguns instantes, sua vida passada, mas, ao despertar, essa impressão se apaga, porque ela poderia perturbar e diminuir o seu livre-arbítrio.
Se ele se afasta, por um certo tempo, de sua família terrestre, não abandona nunca sua família espiritual e, quando a família humana evoluiu e atinge um plano fluídico superior, a ação inversa se produzirá, e será ela que, por sua vez, atrairá no espaço o espírito menos avançado. A lei de evolução do ser através de suas vidas renascentes é admirável, mas a inteligência humana não pode entrever senão seu pálido reflexo.
Os ensinos contidos nestas páginas não são uma obra de imaginação. Eles emanam de mensagens espirituais obtidas por todos os processos mediúnicos e recolhidos em todos os países. Até aqui, não tínhamos, sobre as condições de vida no Além, a não ser hipóteses humanas, sejam filosóficas ou religiosas. Hoje, os que vivem essa vida a descrevem para nós e falam sobre as leis da reencarnação. Com efeito, o que são certas exceções assinaladas entre os anglo-saxões, e cujo número diminui cada dia em presença da enorme quantidade de documentos, de testemunhos concordantes recolhidos desde a América do sul até as Índias e o Japão?
Não é mais, como no passado, um pensador isolado, ou mesmo um grupo de pensadores, que vem mostrar à humanidade a rota que ele julga verdadeira; é um mundo invisível, inteiro, que se abala, e se esforça para tirar o pensamento humano de suas rotinas, de seus erros, e lhe revela, como no tempo dos druidas, a lei divina da evolução. São os próprios parentes e amigos mortos que nos expõem sua situação, boa ou má, e a conseqüência de seus atos no decorrer de palestras ricas de provas de identidade.
Possuo sete grandes volumes de comunicações, recebidas no grupo que por longo tempo dirigi, que respondem a todas as questões que a inquietude humana apresenta à sabedoria dos invisíveis.
Os espíritos guias nos instruíam por meio de diversos médiuns que, geralmente, não se conheciam entre si, e sobretudo por mulheres pouco letradas, cheias de preconceitos católicos e pouco inclinadas à doutrina das encarnações. Ora, todos aqueles que consultaram esses arquivos ficaram surpreendidos pela beleza do estilo, como também pela profundeza das idéias emitidas.
Talvez essas mensagens sejam um dia publicadas. Então, ver-se-á que, nas minhas obras, não sou inspirado somente por mim, mas sobretudo por aqueles do outro lado da vida. Reconhecer-se-á, pela variedade das formas, uma grande unidade de princípios e uma perfeita analogia com os ensinos obtidos dos espíritos guias, em todos os meios, e onde Allan Kardec se inspirou para delinear as grandes regras de sua doutrina.
Após a guerra (1ª Guerra Mundial, 1914-1918), nossos instrutores continuaram a se manifestar por diferentes médiuns. Por meio de entidades diversas, a personalidade de cada um deles se afirmou por seu caráter próprio, por uma originalidade talhada, em uma palavra, de maneira a evitar toda possibilidade de simulação. Pode-se seguir, anualmente, na Revue Spirite, a quintessência dos ensinos que nos foram dados sobre assuntos sempre substanciais e elevados.
Depois, próximo ao congresso (Espírita) de 1925, foi o grande iniciador (Allan Kardec) que veio nos certificar de seu concurso e nos esclarecer com seus conselhos. Hoje ainda é ele, Allan Kardec, que nos anima a publicar este estudo sobre a reencarnação.________________________________________________Do Livro O Gênio Céltico e o Invisível de Leon Denis
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