A ALMA!!!!
... E o Deus dos deuses separou de si mesmo uma alma e a dotou de beleza.
E deu-lhe a suavidade da brisa matinal e o perfume das flores do campo e a
doçura do luar.
E entregou-lhe a taça da alegria, dizendo-lhe:
"Só poderás beber desta taça
se esqueceres o passado e não te preocupares com o futuro."
E entregou-lhe a
taça da tristeza, dizendo:
"Bebe dela, e compreenderás a essência da alegria
da vida."
E soprou nela um amor que a abandonaria ao primeiro suspiro de saciedade, e
uma meiguice que a abandonaria à primeira manifestação de orgulho.
E fez descer sobre ela, do céu, um instinto que lhe revelaria os caminhos da
verdade.
E depositou nas suas profundezas uma visão que vê, o que não se vê.
E criou nela sentimentos que deslizam com as sombras e caminham com os
fantasmas.
E vestiu-a de um vestido de paixão que os anjos teceram com as ondulações do
arco-íris.
E colocou nela as trevas da dúvida, que são as sombras da luz.
E tomou fogo da forja do ódio, e ventos do deserto da ignorância, e areia do
mar do egoísmo, e terra pisada pelos pés dos séculos e amassou todos esses
elementos e fez o homem.
E deu-lhe uma força cega que se inflama nas horas de loucura e desvanece
diante das tentações.
Depois, depositou nele a vida, que é o reflexo da morte.
E sorriu o Deus dos deuses, e chorou, e sentiu um amor incomensurável e
infinito e uniu o homem e a alma .
(Gibran Khalil Gibran)
... E o Deus dos deuses separou de si mesmo uma alma e a dotou de beleza.
E deu-lhe a suavidade da brisa matinal e o perfume das flores do campo e a
doçura do luar.
E entregou-lhe a taça da alegria, dizendo-lhe:
"Só poderás beber desta taça
se esqueceres o passado e não te preocupares com o futuro."
E entregou-lhe a
taça da tristeza, dizendo:
"Bebe dela, e compreenderás a essência da alegria
da vida."
E soprou nela um amor que a abandonaria ao primeiro suspiro de saciedade, e
uma meiguice que a abandonaria à primeira manifestação de orgulho.
E fez descer sobre ela, do céu, um instinto que lhe revelaria os caminhos da
verdade.
E depositou nas suas profundezas uma visão que vê, o que não se vê.
E criou nela sentimentos que deslizam com as sombras e caminham com os
fantasmas.
E vestiu-a de um vestido de paixão que os anjos teceram com as ondulações do
arco-íris.
E colocou nela as trevas da dúvida, que são as sombras da luz.
E tomou fogo da forja do ódio, e ventos do deserto da ignorância, e areia do
mar do egoísmo, e terra pisada pelos pés dos séculos e amassou todos esses
elementos e fez o homem.
E deu-lhe uma força cega que se inflama nas horas de loucura e desvanece
diante das tentações.
Depois, depositou nele a vida, que é o reflexo da morte.
E sorriu o Deus dos deuses, e chorou, e sentiu um amor incomensurável e
infinito e uniu o homem e a alma .
(Gibran Khalil Gibran)