A doutrina das vidas sucessivas, ou reencarnação, é também chamada palingenesia, de duas palavras gregas - palin, de novo, e genesis, nascimento.
Foi formulada nos albores da civilização, na Índia. Os povos da Ásia e da Grécia acreditaram na imortalidade da alma e procuravam saber se fora criada no momento do nascimento ou se existia antes.
Nos Vedas e no Bhagavad Gita encontram-se citações sobre a pluralidade das vidas. A religião da Pérsia, o mazdeísmo, apresentava uma concepção muito elevada, a da redenção final, após várias provas expiatórias.
Platão apresenta, no Fedon, a teoria das vidas sucessivas, na afirmação "aprender é recordar".
A escola neo-platónica de Alexandria, com Plotino, Porfírio e Jâmblico, ensinava a reencarnação.
Os romanos, através de Virgílio e Ovídio, falam das vidas sucessivas.
Os gauleses praticavam a religião dos druidas e acreditavam na unidade de Deus e nas vidas sucessivas.
Descartes, Leibnitz e Kant tiveram certa intuição dessa doutrina.
O bramanismo, o budismo, o druidismo, o islamismo baseiam-se na crença das vidas sucessivas.
O cristianismo primitivo não abriu excepção à regra. Orígenes, Clemente de Alexandria e a maior parte dos cristãos dos primeiros séculos admitiam a doutrina da palingenesia.