sábado, 8 de junho de 2013

A Intervenção dos Espíritos


O Homem é um pequeno mundo que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo.

O homem é formado por matéria e espírito.

O Espírito é o ser principal, a razão, a inteligência; o corpo é envoltório de matéria que reveste, temporariamente, o espírito para o cumprimento de sua missão na Terra e a execução do trabalho necessário à sua evolução, ao seu adiantamento.

O corpo, usado, se destrói, o espírito sobrevive à sua destruição. O corpo sem o espírito não é senão matéria. O espírito sem corpo reentra no mundo espiritual de onde saiu para o reencarne.

Ensina o Espiritismo que os homens que viveram na Terra, ao deixarem o corpo físico através da morte, continuam a viver em um outro plano, chamado mundo espiritual. Quando passam para este plano da vida, levam consigo o que tiverem acumulado de virtudes e defeitos, todos, adquiridos durante a existência material, ou seja, a encarnação. Os homens bons trazem consigo a caridade que praticavam, a paz de espírito e a benevolência. Vivem em lugar feliz e trabalham constantemente pelo progresso do Planeta.

Já os homens que, quando encarnados viveram nas sendas do mal, levam para o plano espiritual as más tendências. Continuam suas atividades perniciosas, inspirando-nos todos os vícios e defeitos a que ainda estão apegados. Estes são os que podemos chamar de espíritos maus, nocivos, pois que são absolutamente perniciosos. Não podemos atribuir a Deus estas ações, pois que não se admitiria esta consciência da divindade. Uma concepção de divindade punitiva, carrasco, cruel, tende hoje a desaparecer por que todos, pelo menos os que já temos uma noção dos ensinamentos dos espíritos, sabemos que Deus é bom e justo. Assim, jamais ele estaria envolvido com ações más, perversas ou de qualquer meio ilícito e nocivo.

A maioria dos espíritos que povoam a terra, tanto no estado errante, desencarnados, quanto os encarnados, compõe-se de espíritos imperfeitos, que fazem mais o mal que o bem. Daí a predominância do mal na Terra.

Temos, portanto, o mundo corporal, composto de espíritos encarnados, e o mundo espiritual, composto de espíritos desencarnados.

O homem, por ser composto de matéria, está ligado a Terra; e o Espírito, por sua natureza fluídica, está em toda parte, percorre distâncias enormes com a rapidez do pensamento.

A morte do corpo é a ruptura dos laços que unem corpo a espírito.

Os Espíritos são criados simples e ignorantes, mas com aptidões para tudo conhecer e progredir, dependendo de seu livre arbítrio, de seu próprio trabalho, razão porque tantos somos diferentes uns dos outros. Em nossas reencarnações sucessivas, através do livre arbítrio, da própria vontade. Uns realizam mais rapidamente suas necessidades de progresso, cumprindo as leis naturais, as leis morais da vida, adquirindo uma maior gama de conhecimentos e aprendizado.Outros, também em razão de seu livre arbítrio, vivem “adiando” suas necessidades de trabalho e vivência de melhoramento espiritual-moral, deixando tudo para depois, o que lhes é permitido, entretanto não é recomendável. Desta forma, uns evoluem mais rapidamente e outros permanecem na ignorância por mais tempo.

A falta de vigilância, certamente, é um dos fatores mais sérios e que mais nos atrasam a caminhada, pois que na maior parte das vezes, esta invigilância é que nos faz permitir as influenciações negativas daqueles espíritos errantes que estão procurando apenas uma brecha, uma passagem, uma ação ou pensamento, para se utilizarem de nós e assim satisfazer suas necessidades maléficas.

A felicidade está na razão do progresso alcançado. Os que deixam para depois, adiando a prática do bem, da caridade, do trabalho, do amor ao próximo e as demais leis divinas ou naturais, estes, certamente são mais infelizes e se mantêm na ignorância por mais tempo.

Aí já podemos entender, perfeitamente, o porquê de embora criados simples e ignorantes, uns já se adiantaram no progresso e outros estão ainda muito atrasados.

A compreensão da influência que os Espíritos Desencarnados exercem sobre os Espíritos Encarnados, passa, inicialmente pelo entendimento de que há espíritos mais e menos evoluídos.

Sabemos que estamos constantemente rodeados por Espíritos que nos vêem, ouvem e conhecem nossos pensamentos e até nossos desejos mais íntimos. Quando nos acreditamos sós sempre estamos acompanhados por Espíritos e, com freqüência, somos influenciados por eles através de nosso pensamento.

A interação que existe entre encarnados e desencarnados, muito especialmente daqueles que praticam o mal, é nítida e não nos deixa dúvidas de sua existência.


Vera Meira Bestene

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