domingo, 28 de setembro de 2014
Os Espíritos e Médiuns por Léon Denis
Depois de haver mostrado o grande papel da mediunidade, convém assinalar as dificuldades que existem em sua aplicação. Em primeiro lugar são escassos os bons médiuns, não porque lhes faltam faculdades notáveis, mas por ficarem logo sem utilidade prática por falta de estudos sérios e profundos.
Muitos médiuns se escondem nos círculos íntimos, nas reuniões familiares, ao abrigo das exigências exageradas e dos contatos desagradáveis.
Quantas jovens de organismo delicado, quantas senhoras que conhecemos, retraídas pelo temor à crítica e às más línguas, afogam e perdem bonitas faculdades medianímicas por não empregá-las bem, com uma boa direção!
Os adversários do Espiritismo sempre se dedicaram a denegrir médiuns, acusando-os de fraude, procurando fazê-los passar por neuróticos e tratando, por todos os meios, de desviá-los de sua missão; sabendo que o médium é condição essencial dos fenômenos, esperam, desse modo, destruir o Espiritismo em seu alicerce.
É importante que façamos fracassar essa tática e, para isso, temos de dar ânimo e ajuda aos médiuns, rodeando o exercício de suas faculdades de todas as precauções necessárias.
A guerra ceifou milhões de vidas em plena juventude e virilidade. As epidemias, os açoites de todas as classes, deixaram enormes vazios no seio das famílias. Todos esses espíritos tratam de se manifestar àqueles a quem amaram na Terra, para provar-lhes seu afeto, sua ternura, para secar suas lágrimas, para acalmar suas dores.
Por outra parte, as mães, as viúvas, as noivas, os órfãos, todos estendem suas mãos e seus pensamentos para o céu, na angustiosa espera de notícias de seus mortos, ávidos de recolher provas de sua presença, testemunhos de sua sobrevivência.
Quase todos possuem faculdades latentes e ignoradas que poderiam permitir-lhes estabelecer relações com seus mortos.
Por todas as partes existem possibilidades de se estabelecer um elo entre essas duas multidões de seres que se buscam, se atraem e desejam fundir seus sentimentos e seus corações em uma comum harmonia.
O Espiritismo e a mediunidade são os únicos que podem realizar essa doce e santa comunhão e trazer, a todos, a paz, a serenidade da alma que dá fortaleza e convicção.
É sobretudo entre essas vítimas da guerra cruel, no seio do povo, entre os humildes, os pequenos, os modestos, que se há de buscar os recursos psíquicos que permitam aos nossos amigos do espaço proporcionar-nos provas da persistência de sua vitalidade e da nossa reunião futura.
Quantas faculdades dormem silenciosamente no fundo desses seres, esperando a hora de florescer, de produzir frutos de verdade e de beleza moral!
Neste aspecto, grande é a tarefa que cabe aos espíritos esclarecidos, aos abnegados crentes, aos apóstolos da grande doutrina.
Seu dever é sacudir a indiferença de uns, a apatia de outros, ir ao encontro de todos esses agentes obscuros da obra de renovação, instruí-los, pôr em ação os recursos escondidos, as riquezas insuspeitadas que possuem e conduzi-los ao fim assinalado.
Para cumprir essa tarefa, há que se possuir ciência e fé. Graças a esta última, e por análogos procedimentos, os apóstolos dos primeiros tempos do Cristianismo suscitaram ao seu redor “os milagres” e, com eles, o entusiasmo religioso que devia transformar a face do globo.
Em nossos dias, é necessário não somente a fé ardente, mas também o conhecimento das leis precisas que regem os mundos visível e invisível com o fim de facilitar sua harmonia, sua recíproca interpretação, separando da experimentação os elementos de erros, de perturbação e de confusão.
Com um adestramento gradual, veremos ampliar-se o círculo das percepções e das sensações psíquicas, e ficará evidenciada a mais imponente certeza da perenidade do princípio vital que nos anima.
A alma humana aprenderá a conhecer as sombras e os esplendores do Mais-Além e, neste conhecimento, achará uma trégua para suas dores e um manancial de força na desgraça em frente à morte.
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Ola tudo bom?
ResponderExcluirEntão, eu tive minha primeira previsão aos 12 anos quando previ a morte do meu pai.
Desde então previ muita coisa, mas sempre me achei maluquinha, hoje tenho 22 anos. Eu passei a acreditar mais quando de fatos as coisas se realizaram, eu também sou muito sensitiva, eu sinto quando irá dar certo ou errado é inexplicável, só conversei sobre esse assunto com uma amiga que é espírita. Essa minha amiga é tão minha amiga que achamos que fomos irmãs em outra encarnação. Sempre quando eu sinto algo, isto está acpntecendo ou irá acontecer. Nunca procurei um centro. Gostaria de umas palavras.
Muita luz pra vocÊ
Olá, tudo bem conosco e com você?
ResponderExcluirAcreditamos que cada vez mais, sensíveis estaremos. A cada encarnação, mais e mais. Você é um exemplo disso.
O que podemos dizer? Que é normal, que você já nasceu assim, que isso não se herda, se conquista. Não herdamos mediunidade dos nossos pais. Essa mediunidade é um canal aberto para você se comunicar, seja com seu anjo-de-guarda, mentor, guia espiritual, como você desejar denominar. Esse campo também é aberto à comunicações de outros espíritos, ou por simpatia, necessidade de ajuda, esclarecimentos, são vários os motivos.
Nós estudamos nas obras básicas do Espiritismo.
Se desejar, o primeiro livro chama-se O que é o Espiritismo. Nele poderá entender como e porque os outros livros foram compostos.
Para entender a mediunidade, é o Livro dos Médiuns.
Você também pode conviver com isso sem que em momento algum deseje conhecer o Espiritismo.
Pode seguir a religião que desejar que nada vai mudar.
Cremos ser importante a colaboração de sua amiga, sua irmã, seja em outras vidas ou mesmo nessa porque segundo Jesus, todos somos irmãos porque somos filhos da mesma fonte Criadora.
Com relação aos Centros Espíritas há uma variação entre Espírita e Espiritualista. É uma questão de você ficar atenta, ter discernimento à tudo que venham lhe dizer.
Reuniões de estudo é o mais indicado no momento.
Esperamos que você continue feliz, alegre como sempre foi.
um grande abraço.