sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Todos nós mormuramos

Lá em cima, outros problemas me atraem. Para onde vão esses mundos inumeráveis? Em virtude de que forças se movem, se procuram no seio do insondável abismo? Sempre, no fundo de tudo, surge o pensamento de Deus, energia eterna, eterno amor! A mão que dirige os astros na extensão, escreveu ali um nome, em letras de fogo! Todos esses mundos conhecem seu trilho, sua missão sagrada; prosseguem infalivelmente. Sabem que representam um papel no plano divino, e a este se associam estreitamente. Todo o segredo da Natureza está nisso. Os mares, as florestas e as montanhas não dizem outra coisa. A Via-Láctea, que desenrola através do Espaço sua poeira de mundos; os cedros gigantescos, que estendem seus longos ramos acima dos precipícios; a flor, que se expande aos beijos do Sol; tudo nos murmura: É a Ele que devemos o ser; é por Ele que vivemos e morremos!

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