sábado, 7 de fevereiro de 2015
Que impressão tiveste da tua primeira entrada no mundo espiritual?
Reproduzo um último caso de data antiga, que extraio do livro
do Doutor Wolfe: Starling Facts in Modern Spiritualism (pág. 388). Jim
Nolan, o Espírito-guia do célebre médium Senhor Hollis, que disse e
demonstrou ter sido soldado no curso da Guerra de Secessão da
América e haver morrido de tifo num hospital militar, responde da
maneira seguinte às perguntas de um experimentador:_______________________________________________________
P. — Que impressão tiveste da tua primeira entrada no mundo
espiritual?
R. — Parecia-me que despertava de um sono, com um pouco de
atordoamento a mais. Já não me sentia enfermo e isso me espantava
grandemente. Tinha uma vaga suspeita de que alguma coisa estranha se
passara, todavia, não sabia definir o de que se tratava. Meu corpo se
achava estendido no leito de campanha e eu o via. Dizia de mim para
mim: Que estranho fenômeno! Olhei ao mau derredor, e vi três de meus
camaradas mortos nas trincheiras diante de Vicksburg e que eu
enterrara. Entretanto, ali estavam na minha presença! Olhavam a sorrir.
Então, um dos três me saudou, dizendo:
— Bom-dia, Jim; também és dos nossos?
— Sou dos vossos? Que queres dizer?
— Mas... que te achas aqui, conosco, no mundo dos Espíritos. Não
te apercebeste disto? É um meio onde se está bem.
Estas palavras eram muito fortes para mim. Fui presa de
violenta emoção e exclamei: — Meu Deus! Que dizes! Estou morto?
— Não; estás mais vivo do que nunca, Jim; porém te achas no
mundo dos Espíritos. Para te convenceres, não tens mais do que atentar
no teu corpo.
Com efeito, meu corpo jazia, inanimado, diante de mim, sobre a 19 – A CRISE DA MORTE
tarimba. Como, pois, contestar o fato? Pouco depois, chegaram dois
homens que colocaram meu cadáver numa prancha e o transportaram
para perto de um carro; neste o meteram, subiram à boleia e partiram.
Acompanhei então o carro, que parou à borda de um fosso, onde o meu
cadáver foi arriado e enterrado. Fora eu o único assistente do meu
enterro...
P. — Quais as sensações que experimentaste na crise da morte?
R. — A que se experimenta quando o sono se apodera da gente, mas
deixando que ainda se possa lembrar de alguma ideia que tenha tido
antes do sono. A gente, porém, não se lembra do momento exato em que
foi tomado pelo sono. É o que se dá por ocasião da morte. Mas, um pouco
antes da crise fatal, minha mentalidade se tornara muito ativa; lembrei-
me
subitamente de todos os acontecimentos da minha vida; vi e ouvi tudo
que fizera, dissera, pensara, todas as coisas a que estivera associado.
Lembrei-me até dos jogos e brincadeiras do campo militar; gozei-os,
como quando deles participei.
P. — Conta-nos as tuas primeiras impressões no mundo espiritual.
R. — Ia dizer-vos que os meus bons amigos soldados não mais me
abandonaram, desde que desencarnei até o momento em que fiz a minha
entrada no mundo espiritual; lá, tinha eu avós, irmãos e irmãs, que,
entretanto, não me vieram receber quando desencarnei. Ao entrar no
mundo espiritual, parecia-me caminhar sobre um terreno sólido e vi que
ao meu encontro vinha uma velha, que me dirigiu a palavra assim: —
Jim, então vieste para onde estávamos?
Olhei-a atentamente e exclamei: — Ó, avozinha, és tu? — Sou eu
mesma, meu caro Jim. Vem comigo.
E me levou para longe dali, para sua morada. Uma vez lá, disse-me
ser necessário que eu repousasse e dormisse. Deitei-me e dormi
longamente...
P. — A morada de que falas tinha o aspecto de uma casa?
R. — Certamente. No mundo dos Espíritos, há a força do pensamento, por
meio do qual se podem criar todas as comodidades desejáveis..._________________________________Livro A CRISE DA MORTE de Ernesto Bozzano ______(terceiro caso)
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