terça-feira, 24 de março de 2015

Reminiscências de vidas passadas

“Podemos ter algumas revelações a respeito de nossas vidas anteriores?” “Nem sempre. Contudo, muitos sabem o que foram e o que faziam. Se se lhes permitisse dizê-lo abertamente, extraordinárias revelações fariam sobre o passado.” (Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos, pergunta 395.) *______________ “Quanto mais grave é o mal, tanto mais enérgico deve ser o remédio. Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e deve regozijar-se à Ideia da sua próxima cura. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas Impaciências, visto que, do contrário, terá de recomeçar.” (Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, capítulo 5, ítem 10.) Muitos dos nossos amigos freqüentemente nos procuram, quer pessoalmente ou através de cartas que nos escrevem, a fim de solicitar informações sobre a reencarnação do próximo em geral e, em particular, a deles próprios. Nada poderemos, porém, acrescentar sobre o assunto às instruções dos Espíritos que organizaram os códigos do Espiritismo. Se, como ficou dito, a lei da Criação encobriu o nosso passado espiritual, será porque o seu conhecimento não traria vantagem para o nosso progresso, antes poderia prejudicá-lo, como tão hàbilmente ficou assinalado por Allan Kardec e seus colaboradores. Todavia, a observação de sábios investigadores das propriedades e forças da personalidade humana, e a prática dos fenômenos espíritas, dão-nos a conhecer substanciosos exemplos de que nem sempre o véu do esquecimento é totalmente distendido sobre a nossa memória normal, apagando as recordações de vidas anteriores, pois a verdade é que de quando em vez surgem indivíduos idôneos apresentando lembranças de suas existências passadas, muitas delas verificadas exatas por investigações criteriosas, e a maioria dos casos, senão a totalidade deles, revelando tanta lógica e firmeza nas narrativas, que impossível seria descrer-se deles sem demonstrar desprezo pela honestidade do próximo. De outro lado, o fenômeno de recordação de vidas passadas parece mais raro do que em verdade e, uma vez que podemos ter estranhas reminiscências sem saber que elas sejam o passado espiritual a se manifestar timidamente às nossas faculdades, aliás, a maioria das pessoas que as recordam, ignorando os fatos espíritas, sofrem a sua pressão sem saberem, realmente, do que se trata, e por isso não participam a outrem o que com elas se passa. O Espírito Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, a quem tanto amamos, observou, em recentes instruções a nós concedidas, que nos manicômios terrestres existem muitos casos de suposta loucura que mais não são que estados agudos de excitação da subconsciência recordando existências passadas tumultuosas, ou criminosas, ocasionando o remorso no presente, o mesmo acontecendo com a obsessão, que bem poderá ser o tumulto de “Podemos ter algumas revelações a respeito de nossas vidas anteriores?” “Nem sempre. Contudo, muitos sabem o que foram e o que faziam. Se se lhes permitisse dizê-lo abertamente, extraordinárias revelações fariam sobre o passado.” (Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos, pergunta 395.) * “Quanto mais grave é o mal, tanto mais enérgico deve ser o remédio. Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e deve regozijar-se à Ideia da sua próxima cura. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas Impaciências, visto que, do contrário, terá de recomeçar.” (Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, capítulo 5, ítem 10.) Muitos dos nossos amigos freqüentemente nos procuram, quer pessoalmente ou através de cartas que nos escrevem, a fim de solicitar informações sobre a reencarnação do próximo em geral e, em particular, a deles próprios. Nada poderemos, porém, acrescentar sobre o assunto às instruções dos Espíritos que organizaram os códigos do Espiritismo. Se, como ficou dito, a lei da Criação encobriu o nosso passado espiritual, será porque o seu conhecimento não traria vantagem para o nosso progresso, antes poderia prejudicá-lo, como tão hàbilmente ficou assinalado por Allan Kardec e seus colaboradores. Todavia, a observação de sábios investigadores das propriedades e forças da personalidade humana, e a prática dos fenômenos espíritas, dão-nos a conhecer substanciosos exemplos de que nem sempre o véu do esquecimento é totalmente distendido sobre a nossa memória normal, apagando as recordações de vidas anteriores, pois a verdade é que de quando em vez surgem indivíduos idôneos apresentando lembranças de suas existências passadas, muitas delas verificadas exatas por investigações criteriosas, e a maioria dos casos, senão a totalidade deles, revelando tanta lógica e firmeza nas narrativas, que impossível seria descrer-se deles sem demonstrar desprezo pela honestidade do próximo. De outro lado, o fenômeno de recordação de vidas passadas parece mais raro do que em verdade e, uma vez que podemos ter estranhas reminiscências sem saber que elas sejam o passado espiritual a se manifestar timidamente às nossas faculdades, aliás, a maioria das pessoas que as recordam, ignorando os fatos espíritas, sofrem a sua pressão sem saberem, realmente, do que se trata, e por isso não participam a outrem o que com elas se passa. O Espírito Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, a quem tanto amamos, observou, em recentes instruções a nós concedidas, que nos manicômios terrestres existem muitos casos de suposta loucura que mais não são que estados agudos de excitação da subconsciência recordando existências passadas tumultuosas, ou criminosas, ocasionando o remorso no presente, o mesmo acontecendo com a obsessão, que bem poderá ser o tumulto de evolução? Certamente, é muito provável que assim seja, visto que, tratando-se de uma faculdade que tende a atingir a plenitude das próprias funções, haverá o trabalho de evolução, e, além do mais, não. é o Espírito, encarnado ou não, o artífice da própria glória? Daí as lutas tremendas do roteiro a vencer... Ou tratar-se-á, porventura, de punição? De qualquer forma será o trabalho de evolução... Mas até onde chegam os nossos conhecimentos a respeito do singular fato, também por nós vivido e, portanto, por nós sentido, observado e estudado, poderemos afirmar que, na sua maioria, trata-se do efeito de causas graves e, portanto, punição através da lei natural das coisas, podendo ser também o fato auxiliado pela natural disposição de organizações físicopsíquicas muito lúcidas, aquisição de mentes trabalhadas pelo esforço da inteligência, fruto do cultivo dos dons da alma, se o acontecimento não implicar distúrbios conscienciais, pois nossa personalidade é rica de dons em elaboração lenta, mas segura. Consultando preciosos livros de instrução doutrinária espírita encontraremos copioso noticiário do fato em estudo. Homens ilustres do passado não só confessavam as próprias convicções em torno da reencarnação das almas em novos corpos como afirmavam, com boas provas, lembrar de suas vidas anteriores, sendo que esses homens não deram, jamais, provas de debilidade mental, o que nos leva a deduzir ser o fato mais comum do que se pensa, e que os casos extremos, ocasionando a citada pseudoloucura, serão, com efeito, como que uma punição natural na ordem das coisas, efeito de vidas passadas anormais, onde avultavam ações criminosas. No seu precioso livro «O Problema do Ser, do Destino e da Dor», o grande mestre da Doutrina Espírita, Léon Denis, cita casos interessantes de pessoas conhecidas na História, que recordavam as próprias existências passadas. É de notar que todas essas individualidades citadas possuíam inteligência lúcida, eram mesmo pessoas geniais, fazendo crer que suas mentes haviam sido trabalhadas pelo labor intelectual desde longas etapas anteriores, o que equivale dizer que a faculdade de recordar estava mais ou menos desenvolvida, não produzindo choques vibratórios violentos (1). Assim é que, no capítulo X1V daquela obra magistral, na segunda parte, ele diz o seguinte, permitindo o leitor, a seu próprio benefício, que transcrevamos trechos do original: — «É fato bem conhecido que Pitágoras se recordava pelo menos de três das suas existências e dos nomes que, em cada uma delas, usava. Declarava ter sido Hermótimo, Eufórbio e um dos Argonautas. Juliano,

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