Não esqueçamos nunca que o espírito, qualquer que seja o grau de seu adiantamento, sua situação como encarnado, ou na erraticidade, está sempre colocado entre um superior, que o guia e aperfeiçoa, e um inferior, para com o qual tem que cumprir esses mesmos deveres. Sejamos, pois, caridosos, praticando, não só a caridade que nos faz dar friamente o óbolo que tiramos do bolso ao que nos ousa pedir, mas a que nos leve ao encontro das misérias ocultas. Sejamos indulgentes com os defeitos dos nossos semelhantes. Em vez de votarmos desprezo à ignorância e ao vício, instruamos os ignorantes e moralizemos os viciados. Sejamos brandos e benevolentes para com tudo o que nos seja inferior. Amemos os desgraçados, os criminosos, como criaturas, que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também a nós, pelas faltas que cometemos contra Sua lei. Assim sejamos para com os seres mais ínfimos da criação e teremos obedecido à lei de Deus.
Excertos de “O Livro dos Espíritos” e “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.