terça-feira, 24 de junho de 2008

Amor verdadeiro

O amor tem segredos que devem ser mantidos, sonhos que necessitam ser perseguidos, momentos que precisam ser esquecidos.
O amor tem dias acesos e apagados, tempos secos e molhados, sentimentos escondidos e declarados.
O amor tem o lado direito e o do avesso, desperta cobranças mas não tem preço.
O amor tem a hora de acordar e a de ir dormir, a de se sacrificar e a de exigir.
O amor precisa saber pedir perdão e sempre inflamar o coração.
O amor de verdade tem raiz, caule, flores e frutos e docemente deve preencher dias, horas, minutos.
O amor tem que pedir licença e ter paciência, tem que ser sonoro, porém, sem ruído, oras incerto, oras preciso.
O amor, às vezes, tem um lado da cama vazio, com cobertas pra proteger do frio.
O amor verdadeiro deve ser um bom amigo, um parceiro inseparável e querido que compreenda e queira escutar, que ajude e saiba cuidar, que se doe sem nada cobrar.
O amor tem portas que não se pode trancar e janelas que não se deve fechar.
O amor verdadeiro corre atrás da felicidade por mais que duvide que ela possa existir e desconhece a palavra desistir.
O amor verdadeiro é simples e certeiro, raramente é o primeiro, costuma ser o derradeiro.
O amor verdadeiro se cansa, mas ele é sábio, deita e descansa, se revigora, se fortalece, se ilumina, aumenta e cresce.
Amar de verdade dá trabalho, pois não existe um atalho pra fugir dos dilemas e por isso se faz necessário enfrentar todos os problemas.
O amor verdadeiro é inteiro, sem partes, pedaços, metades e sobrevive apesar das dificuldades.
O amor verdadeiro é aquele que tenta salvar quando uma das partes pensa em pular ou pula junto para não se separar.

Letícia Thompson