segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Dia de São Francisco de Assis


4 de outubro

O dia 4 de outubro é dedicado a São Francisco de Assis. Nascido em 1182, em uma rica família mercante do norte da Itália, onde inicialmente continuou o negócio de seu pai.

Depois de um período de prisão por envolvimento em uma disputa de fronteiras em 1202, abandonou tudo em favor da vida religiosa.

Adotou a extrema a pobreza, mas pemaneceu trabalhando e pregando, especialmente para os pobres e doentes. Seu exemplo lhe trouxe muitos seguidores e em 1209, Inocêncio III aprovou a Ordem Franciscana. Foi ordenado diácono, mas sua humildade evitou que aceitasse o sacerdócio completo.

Rejeitou as posses materiais, vestindo apenas roupas simples e orientando seus seguidores a fazer o mesmo.

Seu ensinamento refletia um profundo amor ao mundo natural e respeito pelas mais humildes das criaturas. Por estas atitudes passou a ser considerado o protetor dos animais e patrono da Ecologia.

Empreendeu viagens missionárias ao sul da Europa e visitas ao sultão Al Kamil, no Egito, em um esforço para assegurar a paz durante a Quinta Cruzada.

Atribui-se a ele uma série de milagres e visões. Faleceu em 1226 e foi canonizado em 1228.

A vida deste homem é um exemplo forte que a maior riqueza a ser conquistada é a realização plena de um ideal.

Muitos homens, imaginam-se pequenos deuses, capazes de tudo criar ou destruir, com a ajuda do racionalismo.

É esse ilusório sentimento de onipotência que alimenta grande parte da agressividade que perplexamente constatamos hoje.

Fonte: www.animalworld.com.br

O beijo no leproso e o novo chamado de Deus


Em 1206, passeando a cavalo pelas campinas de Assis, viu um leproso, que sempre lhe parecera um ser horripilante, repugnante à vista e ao olfato, cuja presença sempre lhe havia causado invencível nojo.

Mas, então, como que movido por uma força superior, apeou do cavalo, e, colocando naquelas mãos sangrentas seu dinheiro, aplicou ao leproso um beijo de amizade.

Falando depois a respeito desse momento, ele diz: "O que antes me era amargo, mudou-se então em doçura da alma e do corpo. A partir desse momento, pude afastar-me do mundo e entregar-me a Deus".

Pouco depois, entrou para rezar e meditar na pequena capela de São Damião, semi destruída pelo abandono. Estava ajoelhado em oração aos pés de um crucifixo bizantino, que a piedade popular ali venerava, quando uma voz, saída do crucifixo, lhe falou: "Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja que está em ruínas". Não percebendo o alcance desse chamado e vendo que aquela Igrejinha estava precisando de urgente reforma, Francisco regressou a Assis, tomou da loja paterna um grande fardo de fina fazenda e vendeu-a. Retornando, colocou o dinheiro nas mãos do sacerdote de São Damião, oferecendo-se para ajudá-lo na reconstrução da capela com suas próprias mãos.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Creio


“ CREIO

Que não temos nossa causa em nós mesmos

Que existe acima do homem e superior à natureza um Ser Pensante, Infinito, Eterno, Imutável, um Supremo Legislador

Que a existência de um Criador

De uma Razão primitiva

È um fato adquirido pela evidência material dos fatos.

Que o Universo não é nem surdo, nem cego

Que a vida não é uma confusão sem fim

Um caos informe

Que tudo tem a sua razão de ser, seu alvo, seu fim.

CREIO

Que o Nada é uma palavra vã

Que a Morte não existe

Que nada morre

Que o ser sobrevive ao seu invólucro

Que a morte não é um termo

Mas uma metamorfose

Uma transformação necessária

Um renovamento

Que somos eternos pela base do nosso ser

Que nada do que existe pode ser aniquilado

Que existiremos, porque existimos.

CREIO

Que não há aniquilamento

Mas sempre estados sucedendo outros estados

A eterna transmissão de outra ordem de coisas a outra

De uma economia a outra

De um serviço a outro

Que tudo renasce

Que tudo é o verdadeiro começo

Que nascer não é principiar

Mas mudar de figura

Que nossas existências são mais do que continuações, séries, conseqüências

Que sono ou despertar

Morte ou nascimento

São uma e a mesma coisa

Transição semelhante, acidente previsto.

CREIO

Que tudo evolui e tende para um estado superior

Que tudo se transforma e aperfeiçoa

Que o homem marcha sempre e sempre se engrandece

Que tudo rola, prolonga-se e renova-se

Que a morte não é o único teatro de nossas lutas e de nossos progressos

Que o Universo é sem lacuna

Que há mundos infinitos nesse universo infinito

Que o mundo é um ponto que conduz a outro

Que os há para todos os graus de crescimento.

CREIO

Que, saindo desta vida,

Não entramos em um estado definitivo

Que nada se acaba neste mundo

Que, enquanto um destino humano tem alguma coisa a cumprir, isto é,

Um progresso a realizar

Nada está acabado

Que a morte não deve ser tomada senão como um descanso em nossa viagem

Que a morte é feixe de caminhos

Que irradiam em todas as direções do Universo

Nos quais efetuamos nosso destino infinito

CREIO

Que Deus não criou almas civilizadas

Que a alma humana é o resultado do trabalho da vida

Que todos os homens são cidadãos da mesma pátria

Membros da mesma família

Ramos da mesma árvore

Que todos têm origem, destino e aspiração comuns

Que todos começam a ascensão

Que estão somente mais ou menos altos

Que os mais vis têm por lei alcançar os mais elevados.

CREIO

Que o homem não é o último anel que une a criatura ao Criador

Que não somos os primeiros depois de Deus

Eu temos ao menos tantos degraus sobre a cabeça como abaixo dos pés

Que a vida está em toda a parte

Que a alma está em toda coisa

Que o corpo envolve o espírito

Que o homem não é o único

Que é seguido de uma sombra

Que todos, o próprio calhau miserável, tem atrás de si uma sombra, uma sombra diante deles

Que todos são a alma que vive, que viveu, que deve viver.

CREIO

Que a harmonia do Universo se resume em uma só lei

Que o progresso por toda parte é para todos

Para o animal como para a planta

Para a planta como para o mineral

Que tudo segue a mesma rotação

Que tudo morre da mesma maneira e morre ultimamente

Que a vida sorve todos os seus elementos da própria morte

Que cresce por série contínua de transformações infinitas

Que parte do infinitamente pequeno

Marcha para o infinitamente grande.

CREIO

Que tudo o que vive é encarnação

Que toda evolução, toda transformação é encarnação

Que as criaturas sobem no crescimento d´alma como nos dos invólucros

Que o homem é o espírito encarnado

Que a alma não é criada ao mesmo tempo que o corpo

Que ela é apenas incorporada

Que a encarnação é uma lei da natureza

Uma necessidade absoluta, conseqüência lógica da lei do progresso

Que todo homem é um resumo de existências anteriores

Que se compõem de numerosas personagens, formando um só.

CREIO

Na pluralidade dos mundos

Na multiplicidade das existências

Na universal ascensão dos seres

Na progressão contínua da alma

Com os seus transportes, seus recuos, suas crises e as sansões que daí decorrem.

CREIO

Que neste Universo

Obra da Infinita Sabedoria

Nada acontece pelo jogo do acaso

Que nada se faz sem uma Soberana Justiça

Que toda desordem não existe senão em aparência

Que não há acaso nem fatalidade

Que há forças, leis que ninguém pode derrogar

Que todas as coisas do mundo têm ligação entre si

Que nada é isolado

Que o mundo material é solidário com o mundo espiritual

Que ambos se penetram reciprocamente

Que tudo se mantém,

Tudo se concorda

Tudo se encadeia e se liga

Sobre o ponto de vista moral, como físico

Que na ordem dos fatos

Dos mais simples ao mais complexo

Tudo é regulado por uma lei.

CREIO

Que q lei moral é uma verdade absoluta

Que a Justiça, a Sabedoria, a Virtude

Existem na marcha do mundo

Tanto quanto a realidade física

Que não se pode transpor, sem trabalho e sem mérito, um grau na iniciação humana

Que o espírito deve chegar só, por si, à verdade

E tem de tornar-se merecedor de sua felicidade

Que a felicidade para ter tido o seu preço, deve ser adquirida e não concedida.

CREIO

Que a vida não é um jogo, uma ilusão

Que a verdadeira vida não é a que multiplica os gozos

Que a felicidade tal qual a entendemos não pode existir

Que é preciso que o esforço subsista neste mundo

Que não estamos aqui para gozar

Mas lutar, trabalhar, combater

Que a luta é necessária ao desenvolvimento do espírito

Que o verdadeiro fim da vida consiste no dever

Que incumbe a todo ser humano de subjugar a matéria ao espírito

CREIO

Que o homem é justificado não por sua fé

Mas por suas obras

Que a prática do bem é a lei superior

A condição sine qua nom de nosso futuro

Que a santidade é o alvo a que devemos chegar

Que não se pode fazer tudo impunemente

Que a felicidade e a desgraça dos homens dependem absolutamente da observação da lei universal

Que rege a ordem na natureza

CREIO

Que existem um Inferno e um Paraíso filosóficos, isto é,

Um sistema natural que liga entre si, intimamente, as causas além e aquém do tempo

Que sempre nos sucedemos a nós mesmos

Que sempre determinamos

Por nossa marcha presente a marcha que seguiremos mais tarde

CREIO

Que o presente determina o futuro

Que cada homem tece em volta de si o seu destino

Que se torna sem cessar o que mereceu ser

Que nenhum desvio do caminho reto fica impune

Que os que dele se afastam serão a ele levados fatalmente

Que o progresso é uma lei soberana

A qual ninguém resiste

Que não há um defeito

Uma imperfeição moral

Uma ação má

Que não tenha a sua contradita e suas conseqüências naturais

Que não há ato útil sem proveito

Falta sem sanção

Que não há ação que possa sonegar-se.

CREIO

Que cada um deve a si mesmo a sua sorte

Que cada um cria a si mesmo as suas alegrias como as suas penas

Que o homem é o seu próprio algoz

Que se remunera e se pune a si mesmo

Que colhe o que semeia e nutre-se do que colhe

Debilitado ou fortificado pelos alimentos que ele próprio produziu

Que a alma transporta em si mesma o seu próprio castigo

Em todo lugar em que se possa encontrar

Que o inferno não é um lugar, mas uma condição de ser

Um estado da alma

Que pertence a cada de nós sair dele ou aí nos manter

CREIO

Que a pena não está senão na falta

Que é impossível que essas coisas possam separar-se

Que o sofrimento não é o resultado do acaso

Que toda lágrima lava alguma coisa

Que a dor e culpabilidade são sinônimos

Que o homem em evolução é tributário de seus erros e

De seus maus pensamentos

Que somos nós os instrumentos de nosso próprio suplício.

CREIO

Que toda vida culposa deve ser resgatada

Que toda falta cometida

Todo mal causado é uma dívida contraída

Que deve ser paga no momento ou noutro

Quer em uma existência quer na outra

Que a fatalidade aparente

Que semeia de males o caminho da vida

Não é senão a conseqüência do nosso passado

O efeito produzido pela causa

Que a vida terrestre é ao mesmo tempo reparação e preparação

Que nenhum de nós é o que deve ser e

Que é preciso que a razão se cumpra

Que a justiça se faça e o bem seja feito.

CREIO

Que cada nova existência é um novo ponto de partida

Em que o homem é aquilo que se fez

Que renasce com o seu débito e

Com o seu crédito

Que nada perde do que adquiriu

Que o esquecimento temporário do passado

É a condição indispensável de toda provação e de todo progresso

Que é preciso que o esforço seja livre e voluntário

Que o conhecimento dos fatos anteriores e

Das sansões inevitáveis embaraçaria o homem

Em lugar de ajudá-lo

Que é justo e necessário que

Em seu estado atual, o passado e o futuro lhe sejam ocultos.

CREIO

Enfim, que a revelação é progressiva

Que a verdade se desvenda sempre

Segundo os tempos e os lugares

Que estamos na aurora da vida consciente

E que marchamos, todos, na solidariedade universal

Através de vidas sucessivas para a infinita perfeição

Que o futuro encerra e que tudo foi criado

Tendo em vista um bem final

Que o Bem é a lei do Universo

E o Mal um estado transitório

Sempre reparável

Uma das fases inferiores da evolução dos seres para o bem

Que nada de irremediável pesa sobre nós

Que tudo se apaga

Tudo se dissolve

Que a dor é libertadora

Que nada é negro

Nada é triste

Que tudo acaba bem

E que não se tem senão de esperar a sua hora em um mundo ou em outro.”


"Eurípedes Barsanulfo - O Educador"





quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Homossexualismo



Segundo o pensamento espírita, o homossexual é um espírito que enfrenta momento de provação, e que deve estar vigilante para que saia vitorioso, em vez de agravar os seus débitos perante a lei divina. Mas o que é estar de acordo com a lei divina? A resposta foi dada por Jesus: Fazer aos outros todo o bem que gostaríamos que nos fizessem. Certamente que isso se manifesta também em nossos relacionamentos afetivos, através de gestos de respeito e carinho por aqueles seres com quem nos relacionamos. Então, o equilíbrio sexual (que se manifesta por um comportamento que não é promíscuo e nem desrespeitoso para com os sentimentos alheios) é caminho seguro tanto para homossexuais como para heterossexuais.

Todos nós somos seres em busca do equilíbrio espiritual. A maior parte de nós traz graves comprometimentos no que diz respeito no campo sexual. O Espírito Emmanuel, em sua obra "Vida e Sexo", psicografada por Chico Xavier, nos informa que, quase sempre, os que chegam no além-túmulo, sexualmente desequilibrados, depois de longas perturbações, renascem no mundo tolerando moléstias insidiosas, ou em condição homossexual, amargando pesadas provas como conseqüência dos excessos que cometeram no passado.


Ainda o Espírito Emmanuel, em O Consolador, nos mostra que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos. Informa Emmanuel que observamos almas numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do amor divino.

A recomendação do Espiritismo para o respeito e a compreensão para com os irmãos que transitam em condições sexuais inversivas (homossexualismo), ocorre em função do sentimento de fraternidade ou caridade que deve presidir o relacionamento humano, mas igualmente pelo fato de que nenhum de nós tem autoridade suficiente para condenar quem quer que seja, pois todos temos dificuldades morais e/ou materiais graves que precisam de educação. A esse respeito, Emmanuel finaliza o livro Vida e Sexo com a seguinte recomendação: "Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".