A aura é,
portanto, a nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as rotas
alheias, antecâmara do Espírito, em todas as nossas atividades de intercâmbio
com a vida que nos rodeia, através da qual somos vistos e examinados pelas
Inteligências Superiores, sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, e
temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em
posição inferior à nossa.
Isso
porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos
contatos de pensamento a pensamento, sem necessidade das palavras para as
simpatias ou repulsões fundamentais.
É por
essa couraça vibratória, espécie de carapaça fluídica, em que cada consciência
constrói o seu ninho ideal, que começaram todos os serviços da mediunidade na
Terra, considerando-se a mediunidade como atributo do homem encarnado para
corresponder-se com os homens liberados do corpo físico.
Essa obra
de permuta, no entanto, foi iniciada no mundo sem qualquer direção consciente,
porque, pela natural apresentação da própria aura, os homens melhores atraíram
para si os Espíritos humanos melhorados, cujo coração generoso se voltava,
compadecido, para a esfera terrena, auxiliando os companheiros da retaguarda,
e os homens rebeldes à Lei Divina aliciaram a companhia de entidades da mesma
classe, transformando-se em pontos de contato entre o bem e o mal ou entre a
Luz e a Sombra que se digladiam na própria Terra.
Pelas
ondas de pensamento a se enovelarem umas sobre as outras, segundo a combinação
de freqüência e trajeto, natureza e objetivo, encontraram-se as mentes
semelhantes entre si, formando núcleos de progresso em que homens nobres assimilaram
as correntes mentais dos Espíritos Superiores, para gerar trabalho edificante e
educativo, ou originando processos vários de simbiose em que almas
estacionárias se enquistaram mutuamente, desafiando debalde os imperativos da
evolução e estabelecendo obsessões lamentáveis, a se elastecerem sempre novas,
nas teias do crime ou na etiologia complexa das enfermidades mentais.
A
intuição foi, por esse motivo, o sistema inicial de intercâmbio, facilitando a
comunhão das criaturas, mesmo a distância, para transfundi-las no trabalho
sutil da telementação, nesse ou naquele domínio do sentimento e da idéia, por
intermédio de remoinhos mensuráveis de força mental, assim como na atualidade o
remoinho eletrônico infunde em aparelhos especiais a voz ou a figura de pessoas
ausentes, em comunicação recíproca na radiotelefonia e na televisão.
Evolução em Dois Mundos
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
Ditado pelo espírito André Luiz
Evolução em Dois Mundos
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
Ditado pelo espírito André Luiz
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