Costuma-se
relacionar obsessão com condutas viciosas como alcoolismo, tabagismo,
sexolatria e outros vícios corporais. Entretanto, existe uma infinidade de
conúbios obsessivos ainda não investigados que se operam em decorrência dos
estados psicológicos e emocionais do ser humano.
Obsessão
é uma interação de mentes que evolui no tempo através da sustentação de
vínculos pela Lei de Sintonia, mantendo duas ou mais criaturas ligadas pelos
seus interesses. Alterando ou deixando d existir tais interesses, a vinculação
passa a ser circunstancial. Chamamo-la de pressão psíquica.
Que
processo interiores experimenta a alma para que estabeleça um circuito de
forças mentais dominadoras? Que estados psicológicos e emotivos servem de base
na constrição mente a mente?
Analisemos,
didaticamente, nesse terreno sutil, a seqüência de interação mental mais
freqüente a partir da intenção obsessiva, nutrida por um Espírito desencarnado
sobre as “brechas” oferecidas pelo encarnado.
Etapa
um
·
Existe a intenção do agente (obsessor).
·
São acionados elementos de sintonia no receptor
(obsidiado).
Etapa
dois
·
O agente invade os limites psicológicos e emocionais
do receptor.
·
Permissão do receptor.
Etapa
três
·
Produção de clichês induzidos.
·
Assimilação de idéias intrusas e surgimento do
conflito mental.
Etapa
quatro
·
Sugestões hipnóticas de manutenção.
·
Enfraquecimento da vontade.
Etapa
cinco
·
Implantação de tecnologias.
·
Adesão intencional ao plano do agente indutor
através do sentimento.
Etapa
seis
·
Evolução e sofisticação do domínio sobre o
receptor.
·
Dependência através de simbiose afetiva
compartilhada.
Adotando
a progressividade didática utilizada pelo senhor Allan Kardec no capítulo
XXVIII de O Livro dos Médiuns, assim se enquadram as etapas acima referidas:
1)
Obsessão simples – estabelecimento da sintonia –
etapas 1 a
3.
2)
Fascinação – Invasão dos limites alheios – etapas 4
e 5.
3)
Subjugação – simbiose – etapa 6.
Na
educação interior, certos comportamentos sujeitam-se à obsessão. Ao longo do
tempo, os embates interiores causam em alguns discípulos espíritas a sensação
de “fadiga na alma”. Os esforços e vitórias parecem insignificantes e infrutíferos.
Um nocivo sentimento de inutilidade toma conta da vida mental. Desponta a
dúvida e com ela multiplicam-se as perguntas sobre a validade de perseverar.
Não estará faltando algo? Melhorei de fato? Estarei sendo hipócrita?!
Nessa
“hora psicológica” nascem muitas obsessões. Discípulos sinceros que
sacrificaram longamente na conquista de si próprios estacionam em lamentação e
descrença, desprezando as vitórias e fixando-se no derrotismo e na acomodação.
Um
dos pontos educacionais da auto-aceitação consiste em valorizar os nossos
esforços de reeducação espiritual – ponto crucial na conquista de condições
psicológicas adequadas ao crescimento interior. Quando não valorizamos o que já
podemos realizar, abrimos a freqüência da vida interior para a descrença, o
desânimo e a desmotivação, convidando os famanazes da maldade para que
dilapidem os tesouros de nossa vida íntima.
livro Escutando Sentimenos - Wanderley de Oliveira
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