domingo, 9 de dezembro de 2018
DIFICULDADE NO INTERCÂMBIO
Irmão Jacob _ Livro Voltei___________________________________
Mas, o serviço não é tão fácil quanto parece à primeira vista. Podemos
certamente visitar amigos e influenciá-los; todavia, para isso, copiamos o esforço dos
profissionais da telepatia. Emitimos o pensamento, gastando a potência mental em dose
alta e, se a pessoa visada se mostra sensível, então é possível transmitir-lhe idéias; com
relativa facilidade. Por vezes, a deficiência do receptor, aliada às múltiplas ondas que o
cercam, impede a consumação de nossos propósitos. Se o instrumento de intercâmbio
permanece absorto nas preocupações da luta comum, é difícil estabelecer a
preponderância de nossos desejos.
A mente humana; atraí ondas de força, que variam de acordo com as
emissões que lhe caracterizam as atividades. No aparelho mediúnico, esse fenômeno é
mais vivo. Pela sensibilidade que lhe marca as faculdades registradoras, o médium
projeta energias em busca do nosso campo de ação e recebe-as de nossa esfera com
intensidade indescritível.
Calculam, pois, os obstáculos naturais que nos cerceiam as intenções. Se
não há combinação fluídico-magnética entre o Espírito comunicante e o recipiente
humano, realizar-se-á nosso intento apenas em sentido parcial.
É quase impossível impormos nossa individualidade completa.
Ainda mesmo em se tratando da materialização, o visitante do “outro
mundo” depende das organizações que o acolhem.
Se o médium relaxa a obrigação de manter o equilíbrio fisiopsíquico e se
os companheiros que lhe integram o grupo de trabalho vivem estonteados, sem o
entendimento preciso dos deveres que lhes competem, torna-se impraticável o
aproveitamento dos recursos que se nos oferecem para o bem.
Venho recebendo agora preciosas lições, quanto a isto, porque cheguei à
leviandade de prometer a mim mesmo que prosseguiria, depois do sepulcro, a
corresponder-me regularmente com os leitores de minhas páginas doutrinárias.
Considerava a escrita e a incorporação mediúnicas ocorrências triviais do
nosso aprendizado; no entanto, vim de reconhecer, neste plano em que hoje me
encontro, a desatenção com que assinalamos semelhantes dádivas. Esses fatos
amplamente multiplicados, em nossos agrupamentos, traduzem imenso trabalho dos
Espíritos protetores, com reduzida compreensão por parte dos que a eles assistem.
Passei a observar o porquê de muitas promessas de amigos, que se não
realizaram.
Companheiros diversos haviam partido, antes de mim; convencidos de
que poderiam voltar, quando quisessem, trazendo informações da nova esfera e, embora
lhes aguardassem a palavra esclarecedora, através de reuniões respeitáveis, a solução
parecia adiada, indefinidamente.
O homem encarnado é tido em nossos círculos por arrendatário das
possibilidades terrestres e, de modo algum, podemos absorve-lhe a autoridade e a
direção da experiência física, tanto quanto não lhe será possível determinar na zona de
trabalho que nos é própria.
Em vista disso, por mais que desejemos, somos obrigados a depender de
vocês em nossas comunicações e interferências.
Os amigos da vida superior necessitam da cooperação elevada, para se
manifestarem nas obras de amor e fé, na mesma proporção em que as entidades
votadas ao mal reclamam concurso de baixa espécie das criaturas perversas ou
ignorantes, no cenário carnal. Verifica-se a mesma disposição em nossa zona de serviço.
Vocês conseguirão isto ou aquilo, em nosso ambiente, dependendo, porém, das
entidades que puderem mobilizar.
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